Foi praticamente de não poder fazer nada sem dor e agora fazer tudo sem dor.

E fico muito feliz desaber que ainda posso saltar, por exemplo.

A Ana Rita Gomes, 48 anos, é treinadora de Padel e professora de educação física. Chega-nos com dor e incapacidade marcada no joelho direito com cerca de 20 anos de evolução.

Correr, saltar ou jogar eram tarefas impossíveis.

A ortopedia sem soluções para lhe oferecer refere que a única possibilidade seria realizar atividades sem impacto como a natação.

Tudo isto porque apresenta história de desvio do tendão rotuliano desde os 22 anos e uma ressonância que mostra uma extensa condropatia (grau 4) da rótula e importante laceração do côndilo femoral medial já com exposição subcondral.

Arregaçamos as mangas e usamos estratégias como a terapia manual, exercício (Human Performance) e conversamos ainda muito sobre o que é a dor, a forma como gradativamente nos devemos expor ao exercício e como devemos interpretar todas as sensações menos boas que possamos ter ao longo do processo.

Hoje a Ana Rita Gomes corre, salta e joga sem dor! O testemunho é no mínimo motivador!

Pontos a reter:

• A forma como uma articulação expressa dor é dependente de inúmeros e complexos fatores. Se esses fatores forem cuidadosamente estudados e manipulados é possível que uma articulação mesmo com um desgaste articular avançado possa evoluir favoravelmente permitindo que o utente adquira qualidade de vida.
• De forma superficial, sugerir a um jovem que deixe de fazer o que mais gosta e que só pode fazer natação não é uma recomendação atual. Felizmente a ciência evoluiu.
• O processo foi fácil e rápido? Não. Mas a Ana Rita Gomes cedo percebeu que para ter resultados consistentes precisava de ser consistente neste processo. E assim foi. Além do mais, percebeu que se quiser ter mais saúde articular existem rotinas que não são negociáveis.

Muitos parabéns Ana Rita Gomes por esta jornada que está a ser no mínimo brilhante. Resultados de campeã para uma campeã!