Sabia que a incontinência urinária pode tratar-se com fisioterapia?
A incontinência urinária refere-se a perda involuntária de urina. São três os tipos de incontinência: de esforço, quando há perdas de urina ao tossir, rir, fazer exercício físico, entre outras situações que favoreçam o aumento de pressão intra-abdominal; de urgência, quando a pessoa não consegue chegar a tempo à casa de banho e tem perdas; e mista, que é uma associação dos dois tipos anteriores.
Este é um problema que atinge cerca de 21,4% de mulheres e 7,6% dos homens da população portuguesa, sendo mais frequente a partir dos 40 anos de idade. O treino dos músculos do pavimento pélvico está recomendado pela Sociedade Portuguesa de Urologia como intervenção de 1ª linha, isto é, deve optar-se pela Fisioterapia antes de qualquer outro tratamento, até mesmo cirúrgico.
A gravidez, o parto, o excesso de peso, a obstipação, ter realizado alguma cirurgia pélvica e as alterações hormonais provocadas pela menopausa, entre outros factores, podem enfraquecer os músculos do pavimento pélvico (músculos que suportam a bexiga, a uretra e o recto) e ser causa de incontinência urinária. Levantar-se muitas vezes durante a noite para urinar pode também ser sinal de alerta, levando igualmente a alterações do sono.
Estudos indicam que cerca de 30% das mulheres não sabe contrair correctamente os músculos do pavimento pélvico. Estes músculos estão sujeitos a um trabalho contínuo ao longo da vida pelo que necessitam de um treino regular para se manterem fortes e saudáveis. Estudos mostram que a taxa de cura para a incontinência urinária varia de 28% a 84%. Este grande intervalo de resultados é devido aos diferentes meios de avaliação e tratamento utilizados em cada estudo, onde se verifica que os pacientes com melhores resultados são os que fazem tratamento acompanhado por um fisioterapeuta especializado em pavimento pélvico, ao invés dos pacientes com resultado mais baixo que fazem exercícios sem supervisão e sem explicação sobre a anatomia e funcionamento do pavimento pélvico.
Não viva com um problema que tem solução. Não sofra em silêncio. Pelo seu bem-estar e pela sua saúde procure um fisioterapeuta.